Ela é famosa, mas não muito. Muita gente conhece a cara dela, porque a viu em vários filmes, mas não sabe o nome. Até bem pouco tempo eu achava que ela chamava Kristen Durst, e o nome dela é Kirsten Dunst, sem nenhum R.
Quando fez o primeiro filmão, “Entrevista com o vampiro”, com Brad Pitt e Tom Cruise, estava com 12 anose já tinha participado de alguns filmes e séries de TV, inclusive do “Saturday Night Live”, aquele programa de humor americano transmitido ao vivo, onde apareceu uma multidão de ótimos comediantes, tipo astros mais antigos - Eddie Murphy, Adam Sandler e Will Ferrel – e mais recentes – Tina Fey e Andy Samberg (da sit-com “Brooklyn Nine- Nine”). O fato de Kirsten Dunst ter participado, ainda criança, desse programa de humor talvez explique o fato de ela estar muito, muito engraçada na segunda temporada da série “Fargo” – que nasceu do filme de mesmo nome, dos irmãos Joel e Ethan Coen, que ganhou um monte de Oscars.
O personagem mais famoso é da atriz é o da namorada Mary Jane Watson do Homem-Aranha na primeira trilogia, com o Tobey Maguire. Mas ela participou de diversos episódios daquela série de hospital que durou duas décadas, “E.R.”, e de filmes dramáticos
como “Maria Antonieta” e “As virgens suicidas”, da Sofia Coppola, e o incrivelmente bonito e deprimente “Melancolia” daquele diretor dinamarquês muito doido, o Lars von Trier. Ela ainda fez o filme preferido da MariMoon, “Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças”, aquele em que a Kate Winslet aparece com o cabelo cada hora com uma cor diferente. Como eu não conhecia o lado comediante dessa atriz tão versátil, fiquei bem surpreso quando fui assistindo a segunda temporada de “Fargo”, em que o nome dela vem em primeiro lugar nos letreiros, porque ela é a pessoa mais famosa do elenco. Como no filme e na primeira temporada da série, a segunda é uma mistura perfeita de ação, comédiade humor negro, suspense, terror e crítica social e política, com alguns personagens mais sérios e dramáticos e até trágicos, e outros mais palhaços.

Na primeira temporada os dois personagens principais eram os mais engraçados e terríveis, feitos com maestria por Martin Freeman (o Bilbo Baggins da trilogia "O Hobbit" e o John Watson da fantástica série com oSherlock Holmes na Londres contemporânea) e Billy Bob Thorton. Na segunda temporada Kisten Dunst faz parte da dupla mais engraçada e patética, que fazem falta nos episódios em que não participam, porque todos os outros personagens fazem parte da parte mais barra pesada dessa série que aliás não é recomendável para pessoas muito sensíveis, por causa da violência. Os roteiristas de “Fargo” conseguiram falar das diversas pequenas e grandes máfias do crime organizado, os pequenos grandes sonhos da pequena classe média, amor e ódio entres familiares e naves espaciais alienígenas, sem nunca parecer forçado ou deixar de ser coerente.

Kisten Dunst consegue ser engraçada e trágica ao mesmo tempo, fazendo uma mulher bem sem noçãoque vai ficando cada vez mais alucinada e, ao mesmo tempo, mais consciente de sua situação e do mundo, sem nunca fazer “graça”, sem nunca se esforçar pra ser engraçada, sem fazer careta, sem “pisar na jaca” (sem exagerar) o tempo todo falando com o rosto, com os olhos, com o corpo, inclusive em vários momentos contando o que o personagem dela está pensando, sem dizer uma palavra. Ela está esplêndida, sensacional, fabulosa! Vale a pena assistir esta série só para ver essa atriz em ação.

Você pode assistir esta temporada sem ter visto a primeira, porque a história da segunda se passa na mesma cidade, mas vários anos antes. Mas se tiver a chance, não deixe de assistir a primeira também.
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